by Rg.
Quando tratamos de Segunda Guerra Mundial, como fã do gênero achei que já tinha visto tudo sobre o conflito e seus bastidores, entre vários filmes e series como O Resgate do Soldado Ryan, Circulo de Fogo, A Conquista da Honra, Cartas de Iwo Jima, Caçadores de Obras Primas, Bastardos Inglórios, Corações de Ferro e as series Band of Brothers e The Pacific (isso somente nos últimos 20 anos), após ver estes filmes e diversos documentários sobre o tema achei que tinha meu mestrado sobre o conflito. Errado, neste novo filme o diretor Mel Gibson retrata a batalha no Japão em Okinawa mais precisamente na praia de Hacksaw Ridge onde um imenso desfiladeiro que era porta de entrada para as tropas americanas no Japão. Essa grande muralha praticamente impenetrável foi palco de uma das mais sangrentas batalhas da Segunda Guerra.
Até O Ultimo Homem não se atém somente a batalha travada entre Americanos e Japoneses neste desfiladeiro, e foca também no soldado Desmond um jovem Cristão que se prontificou a lutar apenas para ajudar as pessoas, mas se recusava a pegar em armas, alistando-se apenas como medico, e que mesmo assim tem que passar pelo treinamento bélico como todos os outros, se recusando até a simplesmente portar um rifle na preparação. Estes dois arcos transformam Até o Ultimo Homem em praticamente dois filmes, em seu primeiro ato ele mostra a trajetória do jovem (Desmond) desde sua infância com seu irmão e sua criação cristã até o início de sua vida adulta, onde se apaixona e decide lutar pelo Pais. Quando pensamos que o combate teria inicio, acompanhamos o seu treinamento de campo e o primeiro impasse envolvendo Desmond e seus superiores o jovem se saiu muito bem em todos os testes físicos, mas no final do treinamento ele se recusa treinar com armas, alegando ser adventista e ser contra tirar uma vida em hipótese alguma, nada nem ninguém o faz mudar de ideia, até quando ele é aconselhado a só treinar com o rifle para ser aprovado para o combate. A ideologia do jovem é firme, e ele se recusa a acatar as ordens e acaba sofrendo represálias dos amigos e superiores, para que ele desista.
Mel Gibson dirigi com competência e mesmo pagando o ingresso para ver um filme de guerra, que até seus 50 minutos não temos um tiro disparado, mesmo assim o filme nos cativa e emociona e quando em sua segunda metade somos apresentados ao desfiladeiro (onde ocorreu mais de 80.000 mortes). É ai que a maestria do ator e diretor ganhador do Oscar por Coração Valente nos mostra toda sua competência e prova que mesmo não dirigindo nada há mais de 10 anos, ele não perdeu a mão, as sequencias de combate são as mais impressionantes desde O Resgate do Soldado Ryan, com sua sequencia inicial na Normandia, não víamos algo tão real, visceral e impressionante. Assim que chegam ao Pacifico logo de cara o pelotão se depara com caminhões passando por eles com pilhas de corpos de soldados, e os que retornam com vida logo avisam que já subiram o desfiladeiro e foram expulsos, batendo em retirada seis vezes.
Além de ótimas sequencias de ações muito bem coreografadas você fica apreensivo torcendo pelo nosso protagonista, que esta numa das batalhas mais sangrentas da guerra sem portar uma arma, e que em momento algum se acovardou. Seu heroísmo é impressionante, e mesmo quando todos querem recuar, ele ainda quer buscar feridos e sobreviventes. O filmes merece todos os elogios e prêmios que esta concorrendo, méritos do ótimo diretor e do ator Andrew Garfield, que mostra que não é sua culpa a franquia Homem- Aranha com ele ter sido cancelada, aqui ele atua muito bem, tanto quando é apenas um jovem caipira apaixonado, ou quando tem que cuidar de todos durante a guerra, sua simplicidade e até ingenuidade e demonstrada em expressões reais.
Este filme é uma daquelas historias que só acreditamos que é verídica, devido a inúmeros relatos de testemunhas, senão seria difícil acreditar em algo tão impressionante e emocionante, ter realmente ocorrido. Mérito para Mel Gibson que soube conta-la de forma excelente.
@RG_FilmesInc @FilmesInc #Facebook Insta/@rg_filmesinc
Avaliação:
Critica:8,5
Filmes Inc.:9,5
Público:9
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